Quando a sanha de vida lhe persegue o sonho
Risonha e insana, debocha da morte,
Em um raro arroubo se faz permissiva
E se entrega totalmente ao devaneio.
Em seu sonho nu a sinceridade impera,
Trazendo à tona a vadia e a donzela
Envoltas em seda e em pobre tecido,
As duas partilham a mesma cela.
Então é no sonho que sua alma se divide ao meio,
Lançando à sorte sua parte lasciva,
Sorrindo aos prantos se rende ao desejo
E liberta do cárcere a alegria cativa.
Meire J.Costa
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