sexta-feira, 8 de julho de 2011

Quando a sanha de vida lhe persegue o sonho

Risonha e insana, debocha da morte,

Em um raro arroubo se faz permissiva

E se entrega totalmente ao devaneio.

Em seu sonho nu a sinceridade impera,

Trazendo à tona a vadia e a donzela

Envoltas em seda e em pobre tecido,

As duas partilham a mesma cela.

Então é no sonho que sua alma se divide ao meio,

Lançando à sorte sua parte lasciva,

Sorrindo aos prantos se rende ao desejo

E liberta do cárcere a alegria cativa.


Meire J.Costa

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